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Vinte anos após a criação da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), o território é hoje um dos protagonistas numa China em crescimento, que se assume cada vez mais como uma das grandes referências da economia mundial.

No ano destas efemérides, a Lusa, a maior agência de notícias em português, com forte presença em todos os países de língua portuguesa e a única estrangeira com delegação na RAEM, organiza uma conferência em Macau para debater o papel do território nos projetos chineses da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e o de ponte para os países da lusofonia. A conferência focará ainda o presente e o futuro da Língua Portuguesa em Macau e na China continental.

Esta conferência segue-se a uma outra realizada em abril em Lisboa, dedicada às oportunidades de negócio na China do século XXI e ao papel de Macau neste contexto. A conferência de Lisboa contou com a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, do embaixador da China em Portugal, Cai Run, e do reitor da Universidade de Lisboa, António Cruz Serra, para além de empresários da Lusofonia.

Na China do século XXI, que tem em marcha um plano de investimentos e cooperação económica em vários continentes, Macau ficou com o papel de ponte entre Pequim e os países da Lusofonia, constituindo-se como uma plataforma que fomenta os investimentos mútuos e as parcerias entre a China, Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Pela sua localização geográfica, Macau – que mantém um sistema jurídico próprio e o português como língua oficial, a par do chinês – é um dos pontos de destaque nos projetos da Grande Baía, onde recentemente foi inaugurada aquela que é considerada a maior ponte marítima do mundo para ligar três mercados estratégicos: Hong Kong, Macau e a província chinesa de Guangdong.

É neste espaço que está a ser desenvolvido a Grande Baía, com o objetivo de transformar nove cidades (Cantão, Shenzhen, Zhuhai, Foshan, Huizhou, Dongguan, Zhongshan, Jiangmen e Zhaoqing) e as duas regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong numa megalópole com 70 milhões de habitantes.

Neste grande projeto de integração, que representa também um reforço da política de abertura e de desenvolvimento do país, Macau viu reconhecido o seu papel de plataforma de cooperação comercial e económica entre a China e o bloco lusófono, com destaque para o desenvolvimento de uma plataforma de serviços financeiros e a atribuição da missão de promoção da coexistência de diversas culturas.

Além do 20.º aniversário da criação da RAEM (em 20 de dezembro de 1999), em 2019 assinalam-se também os 40 anos do restabelecimento das relações diplomáticas entre Lisboa e Pequim (em 08 de fevereiro de 1979) e os 70 anos da fundação da República Popular da China (em 01 de outubro de 1949.

Eis algumas das notícias publicadas no contexto da conferência de 16 de abril de 2019 no Centro Científico e Cultural de Macau, em Lisboa. 

Tínhamos um grande conhecimento de Macau, mas desconhecíamos a China – diplomata

Política

Portugal defende cooperação com “nova rota da seda” dentro da estratégia europeia

Diplomacia

Santos Silva quer “mais comércio” entre Portugal e Macau

relações internacionais

Portugal é plataforma entre China e países africanos de língua portuguesa

Diplomacia

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agências noticiosas

Lusa quer “acompanhar os ventos que sopram da China”

Diplomacia

Princípio «um país, dois sistemas» deve ser levado a sério em Hong Kong e em Macau

Política

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Política

Mercado chinês tem importância estratégica para Portugal

empresas

Fosun satisfeita com atividade em Lisboa e otimista sobre desenvolvimento do país

Diplomacia

Uma década de parceria estratégica Portugal-China