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Pequim não está interessada em juntar-se a tratado sobre armas nucleares

epa06386248 Chinese People's Liberation Army (PLA) soldiers march after a memorial ceremony commemorating China's National Memorial Day for Nanjing massacre victims at the Nanjing Massacre Museum in Nanjing, Jiangsu province, China, 13 December 2017. China marks on 13 December the 80th anniversary of the 1937 Nanjing massacre by Japanese troops where more than 300,000 Chinese people were killed.  EPA/HOW HWEE YOUNG

 

Um alto responsável chinês afirmou em Munique que a China não está interessada em juntar-se a uma versão alargada do tratado sobre armas nucleares de médio alcance (INF, na sigla em inglês), que Washington e Moscovo decidiram abandonar.

O alto funcionário chinês Yang Jiechi - que falava na Conferência de Segurança de Munique, um fórum de política externa e defesa, defendeu que o tratado INF (Intermediate-Range Nuclear Forces) devia ser preservado, mas que "a China desenvolve as suas capacidades estritamente de acordo com as suas necessidades defensivas e não representa ameaça para mais ninguém".

"Por isto, nós rejeitamos a multilateralização do INF", concluiu Yang Jiechi.

Os Estados Unidos anunciaram este mês que vão abandonar o tratado INF, de 1987, devido às violações do mesmo pela Rússia. Moscovo seguiu Washington e negou veementemente que tivesse violado o tratado.

A Casa Branca também considerava que o tratado era um obstáculo para os esforços para contar os mísseis de médio alcance da China, que não está abrangida pelo tratado INF.

Hoje, também em Munique, a chanceler alemã, Angela Merkel, lamentou que a Europa não tenha voz num acordo que agora é recusado pelos Estados Unidos e pela Rússia - pelas "violações durante anos" de Moscovo - e que fundamentalmente mantinha a segurança da Europa.

Neste sentido, Merkel instou a China, apesar das suas "reticências", a juntar-se a um acordo que limite o uso de mísseis de alcance intermédio com capacidade nuclear.