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Macau e Guangdong aceleram integração territorial

Passagem junto da Ilha de Lantau, perto do Aeroporto de Hong Kong, no trecho final da nova ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, em Macau, China, 24 de outubro de 2018. A ponte é um marco do projeto de integração regional da Grande Baía, que visa criar uma metrópole mundial a partir dos territórios de Hong Kong, Macau e nove localidades da província chinesa de Guangdong (Cantão, Shenzhen, Zhuhai, Foshan, Huizhou, Dongguan, Zhongshan, Jiangmen e Zhaoqing). GONÇALO LOBO PINHEIRO/LUSA

O Governo de Macau e o governador da província chinesa de Guangdong assinaram acordos que preveem acelerar a integração do ex-território administrado por Portugal na estratégia definida por Pequim, anunciaram as autoridades em comunicado.

O chefe do Governo, Chui Sai On, e o governador da província de Guangdong, Ma Xingrui, lideram as respetivas delegações durante um encontro que serviu para reforçar a cooperação entre os dois territórios no desenvolvimento da Grande Baía, um projeto de Pequim para criar uma metrópole mundial que junta Macau, Hong Kong e nove cidades chinesas da província de Guangdong, numa região com cerca de 70 milhões de habitantes e um Produto Interno Bruto (PIB) que ronda os 1,3 biliões de dólares, maior do que o PIB da Austrália, Indonésia e México, países que integram o G20.

As duas partes definiram prioridades ainda para 2019, nas quais se inclui “o apoio ao desenvolvimento diversificado e adequado da economia local, a construção de infraestruturas transfronteiriças e medidas de facilitação de passagem alfandegária, a criação conjunta do centro internacional de inovação científica e tecnológica, o impulso à cooperação para a modernização do setor dos serviços”, pode ler-se na nota.

Um dos memorandos assinados prevê “a construção, sob um modelo de cooperação liderado por parte de Macau, de um parque de cooperação entre Guangdong e Macau, que irá acelerar a construção do polo Macau-Zhuhai para promover a integração” do território “no projeto de desenvolvimento nacional”.

Um dos consensos alcançados diz respeito a projetos de investigação conjuntos, desde a definição de áreas e despesas de financiamento, requisitos, procedimentos e método de análise dos pedidos de apoio.

O reforço no intercâmbio de jovens, na área florestal, ao nível da higiene sanitária, estatística, proteção civil e direitos de propriedade intelectual presidiu à assinatura dos restantes acordos.

João Carreira