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Macau/99: Portugal e China prometem “acelerar” as últimas negociações

Arquivo Lusa 1999

Pequim, 20 Abr (Lusa) - Portugal e China prometeram hoje "acelerar" as negociações sobre a transição de Macau para a administração chinesa e encontrar "soluções apropriadas" para as questões ainda pendentes.

"A parte chinesa está disposta a efectuar consultas aprofundadas com a parte portuguesa para encontrar soluções apropriadas para questões importantes ligadas à transferência de poderes em Macau", disse o chefe da delegação chinesa ao Grupo de Ligação Conjunto (GLC), embaixador Han Zhaokang.

Ao iniciar a 35/a reunião plenária do Grupo de Ligação Conjunto Luso-Chinês - a última realizada em Pequim e que decorre até ao fim de semana - Han Zhaokang descreveu a atitude da China como  "pragmática" e "positiva".

"Espero que tenhamos resultados concretos", acrescentou Han Zhaokang, sem adiantar pormenores acerca da agenda da reunião e das áreas em que as duas partes poderão chegar a acordo.

Como habitualmente, a reunião do GLC inclui um programa de "contactos informais", preenchido, desta vez, com uma viagem a Xian, uma antiga capital imperial da China.

O chefe da delegação portuguesa, embaixador Santana Carlos, acentuou também a necessidade de "acelerar" as negociações, salientando que o GLC "tem ainda muito trabalho pela frente".

"Estamos a oito meses do final do período de transição e é muito importante que se consiga dar um novo impulso aos trabalhos do GLC", disse Santana Carlos.

Santana Carlos realçou, por outro lado, a importância do encontro que o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Jaime Gama, irá ter em Pequim com o seu homólogo chinês, Tang Jiaxuan, na  segunda quinzena de Maio.

"É mais um motivo para acelerar as consultas", acrescentou.

O GLC é um organismo de consulta e troca de informações criado pelos governos português e chinês para acompanhar o processo de transição de Macau, que se reúne, alternadamente, em Pequim, Lisboa e Macau.

Este ano, o GLC vai reunir-se quatro vezes, mais uma do que era habitual.

Macau será integrado na Republica Popular da China dia 20 de Dezembro, com o mesmo estatuto de Hong Kong (Região Administrativa Especial) e também segundo a fórmula "um país, dois sistemas".

Lusa/Fim