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Macau/99: PM chinês confia que a transição decorrerá sem sobressaltos

Arquivo Lusa 1999

Pequim, 15 Fev (Lusa) - O primeiro-ministro chinês, Zhu Rongji, saudou hoje a transferência de poderes em Macau como "um histórico acontecimento para a nação chinesa", e exortou Taiwan a

iniciar "conversações políticas" para a reunificação da China.

"Alcançar a reunificação da Pátria e revigorar a nação chinesa são as aspirações de toda a nação e representam os interesses fundamentais de todo o povo chinês", disse Zhu Rongji numa recepção

comemorativa do novo ano lunar, que começa terça-feira.

Zhu Rongji realçou que a fórmula "um país, dois sistemas" tem sido aplicada "com sucesso" em Hong Kong desde que Pequim reassumiu a soberania do território, em Julho de 1997, e servirá também de exemplo para Macau.

"Com a bem sucedida experiência de Hong Kong, a participação dos compatriotas de Macau e a cooperação entre a China e Portugal, a transição de Macau decorrerá seguramente sem sobressaltos e Macau terá um futuro ainda mais esplêndido", disse Zhu Rongji.

Taiwan - a ilha onde se refugiou o governo de Chiang Kai-shek após a tomada de poder pelo partido comunista, em 1949, e que continua a usar o nome de "Republica da China" - é vista por Pequim como uma província renegada da Republica Popular da China.

Macau será integrado na Republica Popular da China dia 20 de Dezembro de 1999, com o mesmo estatuto de Hong Kong (região administrativa especial) e também segundo a fórmula "um país, dois sistemas", que permitirá a continuação do capitalismo e do "modo de vida" existente no território.

No caso de Taiwan, a fórmula "um país, dois sistemas" proposta por Pequim é ainda mais lata, permitindo nomeadamente que aquela mantenha as suas forças armadas.

Lusa/Fim