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Macau/99: Monopólio do jogo deve ser abolido na futura RAEM, afirma Stanley Au

Arquivo Lusa 1999

Macau, 19 Abr (Lusa) - O monopólio do jogo deverá ser abolido e a concessão atribuída através de concurso público em que será encorajada a apresentação de mais propostas, defende Stanley Au no  seu programa de candidatura ao cargo de Chefe do Executivo da RAEM.

Além disso, afirma o candidato, a tradicional concentração na indústria do jogo deverá ser modificada para uma actividade combinada de jogo, entretenimento, turismo, férias e organização de  conferências.

Para isso, o governo da futura Região Administrativa Especial de Macau formulará uma política de diversificação da indústria do jogo tendo por base as experiências e modelos bem sucedidos em países  estrangeiros.

Em termos financeiros, Stanley Au, ele próprio presidente do grupo bancário Delta Ásia, afirma que Macau deverá tentar lançar-se em actividades que complementem as oferecidas em Hong Kong, devendo ser formulada uma estratégia de expansão geográfica incidindo nos mercados do Sudeste Asiático e da região Ásia-Pacífico.

O território deverá ainda criar as condições para o desenvolvimento de um centro financeiro "offshore" e de um centro internacional de registo de navios.

Na área industrial, o candidato pretende que a RAEM passe a dispor de indústrias de elevado valor acrescentado, propondo a atribuição de benefícios fiscais à introdução de indústrias pioneiras.

Atendendo ao desemprego crescente que se verifica em Macau, Stanley Au propõe que as empresas que tenham mão-de-obra estrangeira ao seu serviço sejam penalizadas com uma taxa de compensação igual à diferença entre o pagamento aos trabalhadores locais e aos estrangeiros a ser aplicada em programas de formação profissional.

Por outro lado, o executivo deverá racionalizar a entrada de mão-de-obra estrangeira no território e dar prioridade aos locais no preenchimento dos postos de trabalho disponíveis.

Relativamente à Educação, o candidato ao cargo de chefe do executivo propõe reforçar o ensino da língua inglesa e diz ainda que o ensino da língua portuguesa será encorajado e tornado acessível a  todos os estudantes.

"O estabelecimento de escolas internacionais será um dos principais objectivos do Governo para a área da educação", afirma o manifesto eleitoral de Stanley Au.

Lusa/Fim