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Conselheiro apela a Portugal para rastrear quem chega de Macau

O deputado José Pereira Coutinho, intervém durante a Assembleia Legislativa de Macau, China, 23 de abril de 2019. A discussão do projeto de lei foi rejeitada com 26 votos contra e quatro a favor. TATIANA LAGE / LUSA

O Conselheiro das Comunidade Portuguesas em Macau apela a Portugal para que rastreie a população chinesa, inclusive de Macau, à chegada ao território nacional, para se detetar o novo coronavírus.

“Ainda recentemente recebi [uma] informação de professora de uma universidade que centenas de alunos [chineses e de Macau] estão a regressar a Portugal. As informações que nós temos é que essas pessoas chegam a Portugal e vão imediatamente para os locais onde vivem e para as universidades, e [de que] não há qualquer tipo de rastreio”, salientou José Pereira Coutinho em declarações à Lusa.

Aquele que é também o único deputado português na Assembleia Legislativa (AL) de Macau afirmou que, “a ser assim, é um perigo” já que se tratam de pessoas oriundas de zonas de risco em termos de propagação do vírus, que já infetou mais de 28 mil indivíduos e, por isso “podem ser portadoras do coronavírus”.

“Faço aqui um alerta às autoridades portuguesas para que façam o rastreio ainda no aeroporto para despistar aqueles que estejam saudáveis e os outros que seja necessário estarem em quarentena”, acrescentou.

O conselheiro defendeu ainda que, “de uma maneira geral, todos aqueles que vêm da China devem estar sujeitos a quarentena”.

O primeiro caso de infeção do novo coronavírus em Macau já teve alta médica, disse hoje à Lusa fonte dos Serviços de Saúde do território.

A turista chinesa, de 52 anos, que tinha entrado no território em 19 de janeiro, encontrava-se internada no Centro Hospitalar Conde de São Januário desde 21 de janeiro.

Com esta decisão, Macau passa de dez para nove casos confirmados.

O Governo de Macau enviou milhares de funcionários públicos para casa, onde continuam a trabalhar, mas à distância, outra das soluções para combater os perigos do surto que começou numa cidade do centro da China, Wuhan, capital da província de Hubei.

Macau fechou os casinos e anunciou o encerramento de espaços culturais e desportivos, bem como de todo o tipo de negócios, o que praticamente está a paralisar a economia.

 

Único deputado português defende fecho de fronteiras

 

O único deputado português no parlamento de Macau defendeu hoje em declarações à Lusa o fecho das fronteiras do território para se conter o novo coronavírus, que matou 563 pessoas e infetou mais de 28 mil na China.

O deputado da Assembleia Legislativa (AL) afirmou ainda que os residentes de Macau que regressem ao território deveriam ser colocados em quarentena pelas autoridades.

“Todos os residentes que voltassem para Macau estariam sujeitos a uma quarentena obrigatória com o fim de evitar a propagação do vírus”, sustentou.

Por outro lado, ressalvou, “a circulação de bens e mercadorias teria de ser assegurada”, uma medida que afirmou ser fácil de colocar em prática, já que as empresas que garantem o fornecimento de produtos essenciais para o território “estão identificadas”.

“O que está em causa é a saúde da população de Macau e, de uma maneira geral, fechar as fronteiras é uma medida correta, preventiva, séria”, frisou, já que permitiria garantir “um maior controlo da população que anda de um lado para o outro”, apesar de neste momento se registar um menor fluxo.

O primeiro caso de infeção do novo coronavírus em Macau já teve alta médica, disse hoje à Lusa fonte dos Serviços de Saúde do território.

A turista chinesa, de 52 anos, que tinha entrado no território em 19 de janeiro, encontrava-se internada no Centro Hospitalar Conde de São Januário desde 21 de janeiro.

Com esta decisão, Macau passa de 10 para nove casos confirmados.

O Governo de Macau enviou milhares de funcionários públicos para casa, onde continuam a trabalhar, mas à distância, outra das soluções para combater os perigos do surto que começou numa cidade do centro da China, Wuhan, capital da província de Hubei.

Macau fechou os casinos e anunciou o encerramento de espaços culturais e desportivos, bem como de todo o tipo de negócios, o que praticamente está a paralisar a economia.

 

João Carreira