icon-ham
haitong

Brasileiros procuram conhecer cultura chinesa

 

Centenas de pessoas participam este fim de semana nas comemorações do Ano Novo chinês em São Paulo, que tem uma programação especial no bairro da Liberdade, onde se concentram comunidades de asiáticos e seus descendentes. 

O Ano Novo chinês começou no passado dia 05 de fevereiro, mas os brasileiros aproveitaram este final de semana para comemorar simbolicamente a passagem do Ano do Cão para o do Porco.

O desfile começou com dezenas de pessoas distribuídas nos cortejos do dragão e do leão, realizados em duas ruas distintas até se encontrarem na praça da Liberdade, onde foi montado um palco para receber apresentações de música, dança e artes marciais.

Houve uma contagem regressiva simbólica em que o presidente da câmara de São Paulo, Bruno Covas e a cônsul-geral da China em São Paulo, Chen Peijie, fizeram a troca do Cão pelo Porco simbolizando a passagem do ano.

Entre a audiência era grande a animação, durante e depois da contagem regressiva, realizada em português e em chinês.

"Eu vim curtir este ambiente, com a minha família. Eu gostaria muito de ver como é. Sou descendente, mas nunca fui ao Japão ou à China. Queria ter este contacto com os meus ancestrais", disse à Lusa Tiago Hirata, de 22 anos.

"Eu acho que esta festa é muito bacana porque os brasileiros nos acolheram tão bem e é muito bom estarmos fazendo isto para que aqui se entenda um pouco da nossa cultura", acrescentou.

Alan Rodrigues, de 40 anos, também contou à Lusa que tem interesse em conhecer a cultura da China, especialmente o casamento tradicional daquele país que será representado na festa.

"Eu vim conhecer a cultura chinesa. Ver as apresentações e ver como funciona o casamento chinês. Eu conheço bem pouco [da China]. Sei que está começando o Ano Novo do Porco e espero que seja um ano que nos traga esperanças e coisas boas", disse.

Já Natália Roncada Dias, 34 anos, afirmou que tem uma admiração antiga pela cultura e tradição chinesas.

"Eu gosto muito da cultura chinesa, acho muito interessante, muito milenar, acho muito bonito o vermelho e o dourado que tem [nas roupas]. Há muito anos eu tento vir e, neste ano, consegui", explicou.

"No Brasil as pessoas não sabem muito da cultura chinesa, acham só que tem coisas como o Kung Fu, mas não é. É algo muito profundo", acrescentou.

A brasileira também disse à Lusa que espera que o Ano do Porco seja próspero e cheio de trabalho.

"As pessoas que nascem no Ano do Porco são inteligentes e muito trabalhadoras. Espero que o Brasil se inspire neste lado trabalhador e use a inteligência que temos para elevar de novo nossa cultura, se inspirando na cultura chinesa", concluiu.

Carolina de Ré