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Investimento chinês em Portugal superou os 9 mil ME em 2018

China's President Xi Jinping (L) and Portugal's President Marcelo Rebelo de Sousa (R) make a statement to the press after a meeting at Belem Palace in Lisbon, Portugal, 4 December 2018. Xi Jinping is on a two-day official visit to Portugal. JOAO RELVAS/LUSA

O investimento chinês em Portugal ultrapassou os nove mil milhões de euros em 2018, de acordo com um relatório divulgado pelo Governo de Macau, encomendado à Associação Internacional de Construtores da China.

Portugal é atualmente o quinto país europeu em volume de investimento chinês, pode ler-se no mesmo documento, apresentado na inauguração do Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infraestruturas (IIICF, na sigla em inglês) que termina sexta-feira em Macau.

A energia, a eletricidade, as finanças, os seguros e o imobiliário são as áreas de maior investimento da China em Portugal.

Por outro lado, sublinha-se no memso relatório, a China é a mais importante fonte de capital estrangeiro para os países de língua portuguesa, destacando-se os exemplos de Brasil, Portugal e Moçambique.

A edição deste ano do fórum conta com mais de dois mil empresários, académicos e políticos, dos quais mais de 50 governantes oriundos de 40 países e regiões, num evento cujo orçamento está estimado em 39 milhões de patacas (4,3 milhões de euros) e que é promovido sob a orientação do Ministério do Comércio da República Popular da China e do Governo de Macau.

O IIICF inclui 36 fóruns paralelos, exposições, seminários de promoção de projetos e bolsas de contacto, entre outras atividades de negociação comercial, para operacionalizar a cooperação entre os países envolvidos na estratégia adotada pelo Governo chinês denominada de “Uma Faixa, Uma Rota”, que visa o desenvolvimento de infraestruturas e investimentos em países europeus, asiáticos e africanos.

 

China e países lusófonos com contratos de construção de 101 mil M€ entre 2008 e 2018

A China e os países lusófonos assinaram 5.620 novos projetos na área de construção de infraestruturas entre 2008 e 2018, no valor de 101 mil milhões de euros, segundo um relatório divulgado hoje pelo Governo de Macau.

O número de trabalhadores deslocado pelos construtores chineses para os países de língua portuguesa, nesses 11 anos, atingiu os 203 mil, sendo que, destes, 19 mil estavam a trabalhar naqueles territórios no final de 2018, de acordo com o relatório apresentado na inauguração do 10.º Fórum Investimento e Construção de Infraestruturas (IIICF, na sigla em inglês), que termina sexta-feira em Macau.

Os mais recentes contratos assinados por empresas chinesas em Angola atingiram mais de 8.500 milhões de dólares (7.600 milhões de euros), mas caiu de forma significativa para os 2.200 milhões de euros em 2018, pode ler-se no documento encomendado à Associação Internacional de Construtores da China.

Esta situação deveu-se a fatores como a desaceleração económica e o aumento do défice fiscal, de acordo com o relatório.

O número de contratos assinados por empresas chinesas em Cabo Verde e na Guiné Bissau registou uma tendência decrescente.

Entre 2012-2018, o valor dos contratos e o volume de negócios associados a projetos de infraestruturas financiados pelos países de língua portuguesas e que envolveram empresas chinesas atingiram, respetivamente, 36.200 e 39.300 milhões de dólares (32.500 e 35.300  milhões de euros), sublinhando-se no relatório que este é o modelo predominante de financiamento na área da construção, seguido pelos empréstimos comerciais apoiados pelo governo chinês.

Angola, Brasil, Moçambique e Portugal são os países lusófonos nos quais se regista um maior envolvimento de empresas chinesas no desenvolvimento de infraestruturas, conclui-se no mesmo documento.

Na sessão de abertura do fórum, o vice-ministro do Comércio chinês disse que a China está a criar 700 mil empregos/ano desde 2010 nos países onde está a investir em infraestruturas.

Wang Bingnan garantiu que desde a primeira edição do fórum, em 2010, “foram criados anualmente 700 mil postos de trabalho” e investidos “30.000 milhões de dólares [26.900 milhões de euros] de financiamento para cooperação internacional para infraestruturas através de instituições financeiras chinesas”.

O governante chinês sublinhou que entre as maiores 250 empresas de construção mundial 69 são chinesas, o que leva Bingnan a concluir que a iniciativa internacional de Pequim de construção de infraestruturas “Uma Faixa, Uma Rota” é “um pilar muito importante para o desenvolvimento económico nacional” chinês.

A edição deste ano do fórum conta com mais de dois mil empresários, académicos e políticos, dos quais mais de 50 governantes oriundos de 40 países e regiões, num evento cujo orçamento está estimado em 39 milhões de patacas (4,3 milhões de euros) e que é promovido sob a orientação do Ministério do Comércio da República Popular da China e do Governo de Macau.

O IIICF inclui 36 fóruns paralelos, exposições, seminários de promoção de projetos e bolsas de contacto, entre outras atividades de negociação comercial, para operacionalizar a cooperação entre os países envolvidos na estratégia adotada pelo Governo chinês denominada de “Uma Faixa, Uma Rota”, que visa o desenvolvimento de infraestruturas e investimentos em países europeus, asiáticos e africanos.

João Carreira