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Macau vai criar fundo de investimento para diversificar economia

Macau, China, 18 abr (Lusa) - O Chefe do Executivo de Macau afirmou hoje que o Governo vai criar um fundo para o investimento e desenvolvimento do território com o objetivo de diversificar a economia, altamente dependente da indústria do jogo.


Chui Sai On, apontou que este fundo vai "elevar o valor da reserva financeira e o planeamento dos investimentos nos projetos de cooperação" da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, criado por Pequim para desenvolver uma metrópole mundial entre as regiões administrativas especiais de Macau e de Hong Kong e nove cidades (Dongguan, Foshan, Cantão, Huizhou, Jiangmen, Shenzhen, Zhaoqing, Zhongshan e Zhuhai) chinesas da província de Guangdong.


Na reunião plenária da Assembleia Legislativa, Chui Sai On destacou que "o Governo vai elaborar medidas para atrair quadros qualificados, com o objetivo de dar resposta ao problema de falta destes profissionais na cidade".


Macau tem uma economia altamente dependente do jogo. Em 2018, os impostos diretos - 35% das receitas brutas - sobre o jogo representaram 79,6% da totalidade das receitas públicas de Macau, segundo dados oficiais das autoridades do território.


De forma a demonstrar a capacidade que o Governo tem em investir neste fundo, que vai ser criado em meados de Setembro, Chui Sai On disse que até janeiro deste ano, "a reserva básica e a reserva extraordinária totalizam 569,54 mil milhões de patacas (62,362 mil milhões de euros), enquanto a reserva cambial se cifrava, no início do ano, em 163,25 mil milhões de patacas (17,875 mil milhões de euros).


Em relação aos projetos na Grande Baía, em cooperação com Guangdong, o chefe do executivo revelou "que Macau participa num total de 49 projetos, que abrangem intervenções e cooperações em diferentes níveis".


No início de junho de 2018, o Governo de Macau divulgou uma nota onde explicou a gestão dos fundos investidos no projeto da construção da Grande Baía.


A região vai desembolsar 20 mil milhões de renmimbi (cerca de 2,5 mil milhões de euros), para este projeto, durante 12 anos, e vai ter um retorno anual de 3,5%.



MIM // PJA


Lusa/Fim