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Legislativo chinês revê proposta para Macau utilizar porto de Hengqin

epaselect epa04492890 A Chinese government supporter is seen outside Parliament House in Canberra, Australia, 17 November 2014. Chinese President Xi Jinping, who attended the G20 Leaders Summit in Brisbane, will be delivering an address to the Australian parliament on 17 November.  EPA/LUKAS COCH AUSTRALIA AND NEW ZEALAND OUT

O órgão máximo legislativo da China anunciou que está a deliberar uma proposta do Governo de Macau que passaria a jurisdição do porto de Hengqin, em Zhuhai, e áreas circundantes, para a Região Administrativa Especial.

Segundo o comunicado difundido pela Assembleia Nacional Popular, o projeto foi submetido para revisão no parlamento chinês, cuja sessão anual se realiza em março.

A aprovação permitira que a passagem do continente para Macau fosse sujeita a apenas um controlo fronteiriço, facilitando a circulação de pessoas e bens.

Citado pela agência noticiosa oficial Xinhua, Deng Zhonghua, vice-diretor do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado, considerou que o atual modelo de controlo alfandegário e a configuração dos portos não conseguem mais atender às necessidades do crescente fluxo de pessoas e bens, suscitado pela construção da Área da Grande Baía.

Aquele projeto de integração regional visa criar uma metrópole mundial a partir dos territórios de Hong Kong, Macau e nove localidades da província chinesa de Guangdong (Cantão, Shenzhen, Zhuhai, Foshan, Huizhou, Dongguan, Zhongshan, Jiangmen e Zhaoqing).

O pedido para a transferência da jurisdição foi feito pelo Governo da RAEM, e, entretanto, aprovado pelo Conselho de Estado.

Macau passaria assim a ter o direito de utilizar a zona portuária de Macau no porto de Hengqin até 19 de dezembro de 2049, a data prevista para o fim do período de 50 anos que garante à região um alto grau de autonomia em relação à China, segundo o princípio ‘um país, dois sistemas'.

João Pimenta