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Macau apela à vacinação para prevenir sarampo vindo de países vizinhos

Uma utente do Centro de Saúde de Sete-Rios é vacinada contra a gripe, 01 de outubro de 2014 em Lisboa. Cerca de dois milhões de vacinas contra a gripe começam hoje a ser disponibilizadas em Portugal, sendo gratuitas nos centros de saúde para pessoas com mais de 65 anos. TIAGO PETINGA/LUSA

 

As autoridades de Macau estão a apelar à vacinação, junto da população e das empresas, para prevenir riscos do surto de sarampo em países vizinhos, com as Filipinas a registarem 4.300 casos e 70 mortos só este ano.

“Decorrente da situação epidémica ativa do sarampo em países vizinhos à Região Administrativa Especial de Macau [RAEM], os Serviços de Saúde apelam a todos os residentes que prestem a máxima atenção à prevenção”, pode ler-se no comunicado divulgado no dia 14 de fevereiro.

“Como existe um grande fluxo de pessoas entre as zonas epidémicas do sarampo acima referidas e a RAEM, e devido ao facto de trabalharem no território um grande número de trabalhadores oriundos das Filipinas e do Vietname, os Serviços de Saúde apelam aos empregadores para prestarem atenção aos seus trabalhadores que (...) das zonas onde existem alertas e, caso o registo de vacinação seja desconhecido, devem programar a vacinação anti-sarampo”, acrescenta-se na nota.

Em Macau, desde janeiro, foram registados “dois casos importados de sarampo e um associado com o caso importado”, sendo que “um dos pacientes é natural das Filipinas e contraiu sarampo durante as férias passadas nas Filipinas”.

As autoridades de saúde de Macau sublinham que, “de acordo com as informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde, as zonas do sudeste asiático, incluindo Filipinas, Vietname e Malásia, são atualmente zonas de elevado risco de incidência do sarampo”.

Estes países são próximos de Macau, território onde a OMS declarou a doença como erradicada, mas no qual trabalham milhares de filipinos e vietnamitas, a esmagadora maioria com o estatuto de não residentes.