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Macau/99: Guarnição militar chinesa terá o mesmo estatuto da de Hong Kong

Arquivo Lusa 1999

Pequim, 12 Nov (Lusa) - A futura guarnição militar de Macau é mais pequena da que a China colocou em Hong Kong, em Julho de 1997, mas tem o mesmo estatuto, disse hoje o comandante da guarnição,  general Liu Yuejun.

Como em Hong Kong, as tropas que o governo chinês colocará em Macau dependerão directamente da Comissão Militar Central, direcção política das forcas armadas chinesas, chefiada pelo secretario-geral  do partido comunista e presidente da república, Jiang Zemin, referiu Liu Yuejun.

Em declarações feitas em Zhuhai, zona económica especial adjacente a Macau onde as referidas tropas estão estacionadas, o general Liu Yuejun disse que a diferença entre as duas  guarnições corresponde às "necessidades de defesa" dos respectivos territórios.

A guarnição da futura Região Administrativa Especial de Macau, cuja formação foi anunciada quarta-feira, tem menos de mil efectivos, a maioria dos quais oriunda do exercito.

Portugal já concordou que uma "missão técnica de segurança" chinesa entre em Macau antes da transferência de poderes, mas os pormenores da entrada estão ainda a ser discutidos entre os dois  países.

A China pretende "assumir a defesa" de Macau logo após a passagem do território para a administração chinesa, no dia 20 de Dezembro.

Setecentos soldados chineses entraram em Hong Kong antes de Pequim reassumir a soberania do território e na madrugada do dia 01 de Julho de 1997, poucas horas depois da transferência de poderes,  entraram mais quatro mil, por terra, mar e agua.

A Declaração Conjunta Luso-Chinesa, assinada em 1987, estabelece que a defesa de Macau será da "responsabilidade" do governo central chinês, mas não prevê explicitamente o estacionamento de tropas no território, ao contrario do que aconteceu em relação a Hong Kong.

Lusa/Fim