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Lusa aposta em Macau e China e quer aumentar produção na lusofonia em 2019

 

A agência Lusa quer aumentar em 2019 a produção noticiosa nos países africanos de língua oficial portuguesa e reforçar a presença na China, num momento em que Macau assume cada vez maior relevância estratégica como ponte de ligação de Pequim com a lusofonia.

 

O presidente do Conselho de Administração da Lusa, Nicolau Santos, explicou que a disponibilização de um maior número de notícias sobre os países africanos de expressão portuguesa a entidades públicas ou privadas em Macau, interessadas nessa informação, “contribuirá para um reforço da ligação de Macau com esses países, mas também com Portugal”.

A mais-valia da Lusa em África “assume ainda maior importância num contexto em que o Governo da República Popular da China (RPC) definiu a região de Macau, onde a Lusa está há décadas, como uma plataforma para a ligação aos países africanos de língua oficial portuguesa”, afirmou.

Nicolau Santos referiu que 2019 “é um ano muito importante” nas relações entre Portugal e a República Popular da China, por se celebrarem os 40 anos do acordo diplomático entre os dois países (assinado em 08 de fevereiro de 1979) e os 20 anos da transferência de Macau (20 de dezembro de 1999).

Também este ano se celebram os 70 anos da República Popular da China, proclamada por Mao Zedong em 01 de outubro de 1949.

A Lusa, única agência de notícias estrangeira com delegação em Macau, “não podia ficar alheada desses acontecimentos", disse Nicolau Santos.

Nesse sentido, a agência de notícias de Portugal criou um ‘site’ específico para assinalar estes acontecimentos (https://macau20anos.lusa.pt) com todos os conteúdos abertos ao público.

O ‘site’ terá alguns conteúdos em chinês e será permanentemente atualizado, durante um ano, com as notícias de atualidade produzidas pela Lusa e outras evocativas dos aniversários que envolvem o relacionamento entre Macau, Portugal e a China.

Será ainda disponibilizado ao público o arquivo de textos sobre a transferência de Macau produzidos pela Lusa ao longo de 1999.

Em abril, a Lusa vai realizar em Lisboa uma conferência sobre as relações entre os dois países, seguindo-se uma outra em Macau, no segundo semestre.

Trata-se de “uma estratégia de afirmação e de maior notoriedade” da Lusa em Macau, na China e no espaço da lusofonia, disse o presidente da agência.

Nicolau Santos destacou também que a Lusa estabeleceu contactos para disponibilizar informação noticiosa em português aos alunos das 37 universidades na China continental que ensinam a língua.

"Nós gostaríamos muito de poder começar a disponibilizar parte do nosso serviço a essas universidades, para que os alunos comecem a contactar com o português de Portugal, através dos textos da Lusa. Esse é um objetivo e estamos a trabalhar nisso", acrescentou.

Ana Tomás Ribeiro e Margarida Pinto