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Grupo de Apoio ao Tibete-Portugal lembra “corajosa resistência” face ao “domínio chinês”

Lisboa, 10 dez 2019 (Lusa) - O Grupo de Apoio ao Tibete - Portugal lembra a "corajosa resistência" que "enfrenta o domínio chinês" ao assinalar o 71.º aniversário do Dia Internacional dos Direitos Humanos que se cumpre hoje.


"As pessoas que vivem sob o domínio da China enfrentam desafios diários extremos, à medida que Pequim continua a aumentar os seus esforços visando a criação de um estado policial extremo em todas as regiões, territórios e países sob ocupação que controla", indica o grupo em comunicado.


Criado a 10 de março de 2008, data do aniversário da revolta tibetana contra a ocupação chinesa, o grupo destaca o caso do Tibete, considerando que a região tem sido, "durante décadas, (...) o laboratório de repressão da China; um local onde as autoridades chinesas testaram e procuraram aperfeiçoar os sistemas de vigilância massiva e controlo abjeto".


Refere a propósito, uma recente condenação "num julgamento farsa", a do ativista ambiental tibetano A-Nya Sengdra a sete anos de prisão na sexta-feira.


"Amplamente respeitado no seio da sua comunidade, pela campanha empreendida contra atividades ilegais de mineração, corrupção governamental e caça ilegal de animais em vias de extinção, foi falsamente acusado de promover a 'reunião de pessoas com o intuito de perturbar a ordem pública' bem como de 'acicatar discussões e provocar desacatos'", segundo o comunicado.


O Grupo de Apoio ao Tibete -- Portugal lembra ainda "a escalada da China contra os uigures e outras minorias muçulmanas" este ano, que considera "um dos ataques mais audaciosos e ultrajantes contra um povo, em qualquer lugar do mundo".


E também chama a atenção para os habitantes de Hong Kong que têm desafiado "a violenta repressão policial, enquanto lutam corajosamente pelos seus direitos democráticos e pela autodeterminação".


"Agora é a hora da comunidade internacional seguir os exemplos corajosos e ousados e enfrentar o governo chinês", defende, apelando aos governos para "se unirem e empenharem-se em iniciativas fortes e conjuntas para defender Tibetanos/as, Uigures, Mongóis, Chineses/as, Taiwaneses e Hong Kongers - agindo em conjunto para defender os direitos humanos, a democracia e a liberdade de expressão".


Se a comunidade internacional se "erguer perante Pequim como um todo (...) será muito mais difícil para a China retaliar da maneira como tem vindo a fazer", considera o grupo no comunicado.



PAL // ANP


Lusa/fim