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Comunidades: Recenseamento de 1999 consegue apenas mais 322 eleitores

Arquivo Lusa 1999

+++ Pela Editoria Comunidades, da Agência Lusa +++

Lisboa, 19 Set (Lusa) - O recenseamento eleitoral junto das comunidades portuguesas no estrangeiro, realizado até Junho último, apenas conseguiu mais 322 eleitores face aos resultados apurados em  1997, totalizando agora 188.486 recenseados contra os 188.164 existentes há dois anos.

De acordo com os resultados obtidos no recenseamento eleitoral de 1999, a que a Lusa teve hoje acesso, este aumento reduzido no número de eleitores deve-se à quebra acentuada no círculo Fora da  Europa (menos 4.265 eleitores), que quase conseguiu anular o crescimento registado no círculo da Europa (mais 4.587 eleitores) A Europa regista agora 102.146 eleitores, contra os 97.559 apurados em 1997, significando assim que o continente europeu obteve mais 4.587 novos eleitores, destacando-se a França, que aos já 66.185 inscritos somou mais 4.926 novos eleitores.

Ao registar na sua totalidade 71.111 portugueses inscritos nos cadernos eleitorais portugueses, a França lidera assim a lista dos países que mais eleitores possui, assumindo-se ainda como o país que  mais novos eleitores assinaram os cadernos de recenseamento em 1999.

Fora da Europa verifica-se, segundo os dados, uma acentuada diminuição no número de recenseamentos em 1999 (86.340), menos 4.265 do que em 1997 (90.605), tendo sido o continente americano o que evidenciou um maior decréscimo, ao contabilizar 59.668 eleitores, quando em 1997 detinha 62.520.

Os dados revelam que dos 23 países Europeus inseridos no recenseamento eleitoral/99, a maioria (13 países) manteve os resultados obtidos em 1997, como são os casos, entre outros, da Holanda (1.058), Itália (706), Áustria (85), Grécia (67), Rússia (45) ou Finlândia (16).

Dos restantes países europeus, apenas quatro aumentaram o número de recenseados este ano, sendo a França o país que mais novos eleitores conseguiu ao somar 4.926, seguindo-se a Bélgica com mais 164, estimando-se actualmente em 1.760 os recenseados no país, contra os 1.596 de 1997.

A Dinamarca, com 129 eleitores (125 em 97), e a Suécia, com 299 (283 em 97), são os outros países da Europa que registaram um aumento de nomes nos cadernos eleitorais.

Os restantes países apresentam em 1999 valores inferiores aos de 97 e em alguns casos bastante acentuados, como por exemplo a Suíça, que há dois anos registava 6.194 eleitores, passando agora  para 6.027, menos 136.

A Alemanha é outro país a perder eleitores em 1999, menos 102, uma vez que em 97 detinha 13.640 inscritos, assim como a Espanha, com 3.379, menos 68 do que em 1997.

O Luxemburgo também perdeu eleitores, 71, tendo em conta os 2.214 inscritos em 97, bem como a Bulgária que dos 29 eleitores em 97, ficou apenas com nove este ano.

No círculo Fora da Europa os resultados obtidos dão conta de uma diminuição acentuada no número de eleitores em 1999, menos 4.265 em relação a 97.

O continente africano diminuiu para 13.033 recenseados em 1999 (13.935 em 97), perdendo 902 eleitores, a zona da América teve uma quebra de 2.852 eleitores (de 62.520 em 97 para 59.668 este ano) enquanto a Ásia e Oceânia viu reduzir em 511 o número de eleitores (13.639 em 99, contra 14.150 em 97).

Em África, as perdas de eleitores não são significativas, destacando-se apenas a África do Sul com uma diminuição de 582 eleitores, ficando este ano com 7.441.

Dos 18 países africanos que fazem parte da lista, a maioria apresenta uma diminuição de recenseamentos face aos resultados anteriores, sendo Angola (1.898, em 97 e 1.709, em 99), Moçambique (2.354 contra 2.212) e o Zaire ( 378 e 292) os casos mais evidentes.

Os restantes países apresentam igualmente uma diminuição, como o caso da Guiné-Bissau, Marrocos, Quénia, Zâmbia e Zimbabué, mas sem grandes oscilações.

A Argélia (5), a Tunísia (9) e a Costa do Marfim (12) não sofrem qualquer tipo de alteração, mantendo o número de eleitores registados em 1997.

Quanto aos países que aumentaram o número de votantes em 1999 destaca-se o Egipto que duplicou o número, passando de quatro em 97 para oito de acordo com os últimos resultados.

O Senegal acrescentou mais um eleitor (12 em 1999), assim como a Nigéria (10 eleitores em 99) e São Tomé conseguiu mais cinco (90 em 1997), sendo que a Namíbia (268/97 e 340/99) e Cabo Verde (325/97 e 369/99) foram os países que mais eleitores conseguiram no recenseamento que decorreu este ano.

Na América quase todos os países perdem eleitores, sendo este o continente que revela a maior quebra, uma vez que dos 12 países abrangidos sete apresentam diminuições drásticas e apenas o Peru  mantém os sete eleitores de 97.

Apenas quatro países americanos revelam um aumento de eleitores em 1999, sendo a Argentina o que mostra um aumento relevante ao passar dos 964 eleitores apurados em 1997 para 1.056 em 1999.

Os restantes países apresentam aumentos pouco significativos: Colômbia de 113 passa para 116, Cuba de nove para 11 e o México de 17 para 18.

No topo da lista dos países "perdedores", surge a Venezuela, com menos 1.118 eleitores, face aos 8.816 conseguidos dois anos antes.

O Brasil reduz o número de recenseados em 908, ficando, em 1999, nos 29.874, e os EUA perdem 739 dos 11.361 eleitores registados em 1997.

Nos restantes países americanos que diminuíram, em 1999, o número de eleitores, as perdas são praticamente insignificantes, como o caso das Bermudas de 123 passa para 112 este ano, assim como o  Chile, que de 19 apurados em 1997 regista actualmente 14, e o Uruguai, que inscreve 493 eleitores, menos sete em relação ao penúltimo recenseamento.

A zona da Ásia e Oceânia segue a tendência registada no círculo Fora da Europa, verificando-se reduções significativas em Macau, que retira, em 1999, 479 eleitores aos 12.504 apurados em 1997, assim como a Austrália com 1.175, em 97, e agora regista apenas 1.161.

Apenas Hong Kong quebra a tendência da diminuição, uma vez que regista um aumento, embora de um único eleitor, em 1999, estimando-se agora 80.

A Arábia Saudita mantém os doze eleitores portugueses, Israel continua com os seis portugueses inscritos em 97, o Irão com os mesmos cinco e a Tailândia segura os únicos dois portugueses inscritos nos cadernos eleitorais.

Os restantes países perdem eleitores, embora alguns deles em quantidades insignificantes, como é caso da China que dos sete fica com cinco ou da Coreia que em 97 registava cinco portugueses e agora  apenas tem um, embora em termos proporcionais sejam das quebras mais acentuadas.

O Japão registava, em 1997, 46 portugueses e actualmente inscreve 43, enquanto o Barhein perde dois eleitores dos 40 apurados em 1997.

Lusa/Fim